quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Fiv e Felv: Siglas perigosas para os felinos


As siglas podem ser pouco conhecidas do mundo felino, mas as doenças identificadas como Fiv (Feline Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência Felina) e Felv (Feline Leukemia Virus ou Vírus da Leucemia Felina) assombram os apaixonados por gatos, já que causam doenças graves e são vírus crônicos. Segundo a veterinária do pet shop Mania de Gato, Beatriz Candolo Marques, são doenças que podem ficar assintomáticas durante anos. “Teoricamente, todo animal que nasce de uma mãe desconhecida, que vem da rua ou tem acesso à rua e a outros animais, pode ser portador tanto da Fiv quanto da Felv”, explica a profissional.


Tal qual o HIV que o ser humano adquire, a Fiv diminui a capacidade do organismo felino de combater doenças e compromete a imunidade. Já a Felv causa desenvolvimento de diversos problemas como gengivite, câncer, anemia profunda e outros. Muitos animais vivem bem com elas até que os sintomas sejam apresentados, o que em alguns casos leva vários anos.

Muitas vezes, o diagnóstico só é feito quando o animal apresenta algum problema de saúde. Foi o que aconteceu com os gatos da bióloga Stephani Demczuk, 25. Proprietária de três felinos, Ringo, 4, Anita, 5 e Miguel, 6 meses, ela notou que o “caçula” da família não estava bem. “Nós descobrimos levando o Miguel para fazer uma consulta. A veterinária identificou linfonodos aumentados e gengivite e perguntou se gostaríamos de testar para a Felv. Como deu positivo, resolvemos testar todo mundo”, relata.

SAIBA COMO DIAGNOSTICAR SEU GATINHO:
Beatriz acredita que realizar o teste é essencial para manter o acompanhamento do pet e priorizar sua saúde. “O teste é de sangue, muito rápido, sai em 15 minutos e testa para as duas doenças”, afirma.

CASO POSITIVO, SEPARE SEUS ANIMAIS: 
Caso Ringo e Anita, os gatinhos de Stephani, não fossem portadores, os gatinhos teriam que ser separados, já que o alto grau de transmissão do vírus impossibilita a convivência entre os gatos.

EVITE O CONTÁGIO
A veterinária diz ainda que algumas medidas podem evitar o contágio de outros bichos e melhorar a qualidade de vida do seu pet. “A Felv é transmitida por qualquer secreção, espirro, saliva, e temos uma vacina que ajuda no caso dos animais negativos. Usou a mesma caixinha, bebeu no mesmo pote, pode pegar. É indicado separar os bichinhos”, indica ela.

MAS NADA DE ABANDONAR!
Existem milhares de animais esperando por um lar. Como o portador de Fiv ou Felv vive muitos anos assintomático, será um gatinho feliz como todos os outros por vários anos. O acompanhamento veterinário pode ajudar a prolongar a vida do gatinho. Já no caso da Fiv, que é transmitida por sangue, se os animais são castrados, não é necessário separá-los. Mas é essencial que os felinos não
tenham acesso à rua. “Na rua, eles podem entrar em contato com animais infectados pelo vírus, ou mesmo por outras doenças. Sem falar que correm risco de atropelamento, envenenamento e até mesmo podem incomodar os vizinhos. Lugar de pet é do portão para dentro”, alerta a bióloga
Stephani Demczuk.

*Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, que pode ser lido na íntegra aqui

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